HAVANA - A blogueira cubana Yoani Sánchez foi solta na noite de quinta-feira depois de permanecer ao menos oito horas em um centro de detenção em Havana. A própria ativista comunicou sua libertação por um post em seu perfil na rede social Twitter e disse que estava bem.
“Volto a caminhar pelas ruas de Havana depois de várias horas detida. Estou bem. Obrigada pela solidariedade!” agradeceu a blogueira e colaboradora do jornal espanhol “El País”.
Yoani e Guilhermo Fariñas, dois dos nomes mais conhecidos da oposição em Cuba, foram detidos na quinta-feira durante mais uma onda de prisões de opositores. Segundo ativistas, a ação teria ocorrido depois que dissidentes se juntaram para obter informações sobre a detenção da advogada Yaremis Flores, ocorrida na quarta-feira, relatou ao Café Fuerte Ailer González, coordenadora do site Estado de SATS. Ela, por sua vez, também estava presa e foi liberada por volta das 15h desta quinta-feira.
A Comisssão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) e o grupo das Damas de Branco confirmaram que também foram detidos o escritor Ángel Santisteban e o blogueiro Eugenio Leal, além de dissidentes que haviam sido presos durante a chamada Primavera Negra, quando 75 opositores foram detidos em março de 2003. Ainda não ficou claro se os outros ativistas, incluindo Fariñas, foram soltos.
- Parece que se trata de uma escalada de repressão política na capital - disse Elizardo Sánchez, porta-voz da CCDHRN à agência Efe.
Antes de ser detida, a blogueira havia postado no Twitter que estava indo a uma delegacia de polícia em Acosta, no bairro de Diez de Octubre, onde supostamente estava preso o ativista arbitrariamente o ativista Antonio Rodiles.
No dia 4 de outubro, Yoani e o marido passaram 30 horas detidos em Bayamo, no leste de Cuba, onde cobririam para o jornal “El País” o julgamento do espanhol Ángel Carromero, acusado pela morte do ativista Oswaldo Payá num acidente de carro, em julho.
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